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Avisos iniciais

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2010-06-14

Técnica de fotografia (III) – controlando a quantidade de luz (abertura versus tempo)


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Esse texto foi revisado e publicado novamente no novo espaço, em duas partes:

Outros artigos da série:

I Medindo a luz
II Balanço de branco (ou ajuste de branco)
IV Ajustando a sensibilidade à luz (ISO)
V Dicas, truques e exemplos relacionados aos temas da série

Demorou, mas saiu.

Uma fotografia se faz com a captura da luz refletida pelos objetos da cena num meio sensível a luz. Para que um fotógrafo possa interferir em como essa luz será capturada, ele tem a disposição, dois ajustes básicos: a abertura do diafragma e o tempo de exposição. Com esses dois ajustes, o fotógrafo faz a fotografia. Esse é o mínimo de conhecimento que um “tirador de fotos” precisa ter para poder se considerar um fotógrafo.

As câmeras antigas, normalmente só permitiam o ajuste desses dois controles em unidades que se chamavam pontos. Então quando algum fotógrafo dizia para diminuir um ponto, podia-se diminuir a abertura ou diminuir o tempo que o resultado de luz seria o mesmo. Hoje, as câmeras permitem que se faça esse ajuste na terça parte de um ponto, mas o conceito continua o mesmo. Os ajustes de abertura de diafragma e do tempo de exposição são complementares, isto é, se um deles é aumentado um um ponto, para manter a mesma entrada de luz, o outro deve ser diminuído um ponto.
Ao se usar o controle manual de abertura de diafragma e tempo de exposição devemos ter em mente os conceitos de medição de luz do primeiro artigo da série. A ideia é manter a escala numerada no meio, salvo se desejamos compensar a medição equivocada da luz refletida.

Algumas câmeras além do recurso de se controlar manualmente a abertura do diafragma e o tempo de exposição, possuem modos de prioridade de abertura (Av nas Canon, A nas Sony e Nikon) e de tempo de exposição (Tv nas Canon e S nas Sony e Nikon). Note que ao se optar por um modo de prioridade a câmera irá calcular o outro para manter a medição da luz refletida no meio da régua (conforme o primeiro artigo), mas pode-se usar a compensação de luz do mesmo modo. Note que, suar o modo de prioridade de abertura pode fazer com que a velocidade seja baixa demais (dependendo da quantidade de luz no ambiente) e isso pode provocar fotos tremidas, dependendo do comprimento focal da objetiva.

O controle da velocidade (tempo de exposição), se faz selecionando um número inteiro que representa o denominador da fração 1/N. Assim, ao escolher a velocidade 500, se está escolhendo o tempo de 1/500 (um quinhentos avos) do segundo. A maioria das câmeras semiprofissionais e profissionais, tem tempos que variam de 30 segundos até 1/4000 segundos. Quando se avança o que se chama um ponto, está se dividindo por dois a quantidade de luz no filme ou sensor (algumas câmeras permitem avanço em meio ou um terço de ponto), os tempos mais comuns são: 30s, 15s, 8s, 4s, 2s, 1s, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125, 250, 500, 1000, 2000 e 4000 (note que os números inteiros sem a notação “s”, de segundos, são o denominador da fração 1/N segundo).

Já a abertura do diafragma é indicada por um número, chamado número f. Esse número é o resultado da relação entre o comprimento focal da objetiva e o diâmetro da abertura do diafragma, ambos em milímetros. Da mesma forma que o tempo de exposição, ao fechar um ponto a abertura do diafragma se está dividindo por dois a quantidade de luz no sensor ou filme, câmeras mais modernas também permitem o ajuste a cada meio ou um terço de ponto. Os números f mais comuns encontrados nas objetivas são: 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22 e 32. Quando uma objetiva permite uma grande abertura –número f pequeno–, são chamadas de objetivas rápidas, por permitirem que se use tempos pequenos de exposição em condições de baixa luz.

O controle do tempo de exposição se faz necessário para as seguintes situações, congelar o movimento ou capturar o movimento. Para congelar o movimento, faz-se necessário usar uma velocidade tão grande quanto o assunto a ser fotografado, por exemplo, para fotografar uma criança brincando, não é recomendado menos que 1/250 segundo, para congelar as asas do beija flor deve-se usar 1/1000 do segundo, parar um carro de formula 1 1/2000 segundo. Quando se deseja registrar o movimento, usa-se velocidades mais baixas, nesse caso pode-se deixar a câmera parada e o assunto, se deslocando, fica borrado ou acompanhar o movimento deixando o fundo borrado (borrado não é desfocado nem tremido), fazendo o chamado panning.

Para usuário de câmeras compactas com controle manual, pode ser complicado perceber o controle de abertura do diafragma como algo além da compensação da luz para o tempo de exposição escolhido. As dimensões físicas da lente impede o controle de foco seletivo, com os desfoque do que está ao fundo ou atém mesmo a frente do assunto, que as grandes aberturas do diafragma proporcionam. Praticamente, toda câmera compacta trabalha com a distância hiperfocal, pois o efeito de desfoque é um atributo da abertura física –em milímetros- da objetiva e não da relação entra o comprimento focal e essa abertura. O número f pequeno das câmeras compactas, se deve não a uma abertura grande, mas a relação entre dois comprimentos pequenos. Numa objetiva de grandes dimensões físicas o número f pequeno se deve a uma abertura de diafragma –em milímetros– grande. Dessa forma, quando se deseja destacar o elemento que está em foco, se deve usar grandes aberturas, fazendo com que o fundo fique fora de foco, isso é muito usado em fotos de modelos. Quando se faz uma foto de uma paisagem, recomenda-se usar uma abertura pequena (número f grande) para que tudo esteja em foco, a chamada distância hiperfocal.

Por hoje é só. No próximo artigo, espero não demorar tanto, trataremos de sensibilidade do meio (sensor ou filme) a luz. E no último trarei algumas dicas e truques, principalmente sobre o assunto de hoje.

Aguardo os comentários, se tiverem dúvidas perguntem por email ou deixem o email no comentário para eu poder responder. Havendo muitas dúvidas, além de responder por email devo fazer um texto somente com as perguntas e respostas.

Até o próximo.

Flávio RB

2 comentários:

  1. Olá Flávio.
    Li bastante comentários seus em alguns fóruns, e por isso vim aqui tirar uma dúvida pessoalmente.

    Estou em dúvida entre uma Canon t2i e uma Nikon D5000. Qual você me recomendaria e porque?
    Sou iniciante no assunto, e preciso de uma câmera com bastante facilidade no uso, para fotos de pessoas em ambientes noturnos e paisagens.

    Quando pergunto entre uma Nikon D5000 e uma Nikon D90, muitos profissionais me recomendam a Nikon D5000 que, apesar de inferior a D90 ela é muito mais fácil de usar e tirar fotos. Seria o caso da Canon T2i?

    Também tenho receio no valor das lentes, pois de antemão não gastarei fortunas com uma outra lente além da que acompanha as próprias câmeras. Portanto, quais lentes são mais caras em geral, Canon x Nikon?

    Obrigada antecipamente.

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  2. Maria Luiza,

    Você não deixou email para contato, como poderei responder.

    A Nikon D5000 compete com a Canon T1i. A Canon T2i é superior a Nikon D5000.

    Não sou usuário de Ninko (uso Canon), mas não vejo motivos para se ter diferenças de uso entre a D90 e a D5000, visto que a D5000 é uma versão econômica da D90.

    Envie email para mim.

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