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Avisos iniciais

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2012-12-19

Obturador – Controlando a exposição (parte 2)

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Esse texto foi revisado e publicado novamente no novo espaço:

Agora trataremos do outro componente para o controle da exposição, o obturador. Com ele, controla-se o tempo que o sensor (ou filme) ficará exposto à luz, para registrar a imagem.
Nas câmeras DSLR, o obturador é formado por uma cortina dupla (de um material leve e resistente), que se desloca abrindo e fechando a passagem de luz no sensor. Ao acionar o botão disparador, a cortina se abre e, logo após, com o tempo de exposição, começa a fechar uma segunda cortina (quando se estuda sobre flash, é comum ler sobre primeira e segunda cortina). Esse tipo de obturador é chamado, obturador de plano focal. Câmeras antigas podiam ter um obturador em forma de íris, como o diafragma, mas esse tipo de obturador forma vinheta nas bordas da imagem, por deixar a borda com menor tempo de exposição.
Câmeras digitais compactas usam um sistema que simula o obturador, para permitir que a imagem seja capturada e armazenada, podendo ou não ter um obturador mecânico. Essas câmeras usam o próprio sensor de captura da imagem para mostrar o que será fotografado na tela e capturam a imagem permitindo que ela seja armazenada pelo tempo de exposição selecionado. As câmeras mais avançadas não possuem obturador mecânico por não precisarem de um tempo de descarga elétrica do sensor antes da captura eletrônica, por isso também são mais rápidas para realizar o disparo.
O ajuste do tempo de exposição se dá de alguns segundos até frações (bem pequenas) do segundo, para os tempos muito pequenos, as câmeras costumam mostrar somente o denominador dessa fração. Os tempos costumam variar de 30 segundos até 1/8000 do segundo. São valores comuns: 30', 15', 8', 4', 2', 1', ½, ¼ , '/8, 1/15, 1/30, 1/60, 1/125, 1/250, 1/500, 1/1000, 1/2000, 1/4000 e 1/8000. Existe, nas SLR, um modo “B” de bulb, onde o fotógrafo controlará o tempo de exposição manualmente, por meio de um cabo disparador e um cronômetro. Cada valor é chamado de um ponto de tempo, sendo comum, as câmeras poderem varia o tempo em metade ou na terça parte do do ponto (igual à abertura do diafragma). Ao de passar de um ponto para o outro, se estará, aproximadamente, duplicando ou dividindo por dois o tempo de exposição.
Da mesma forma que o diafragma, nas câmeras DSLR ou compactas avançadas, podemos usar o controle de tempo de exposição (também chamado de velocidade) sem nos preocupar com a abertura, a câmera calculará o valor da abertura. Esse modo é ativado selecionando a opção S (ou Tv )no seletor de modos de exposição.
Controlar o tempo de exposição nos permite influenciar em como a imagem será capturada, se congelaremos um movimento ou deixaremos o seu rastro. Quando queremos fotos de cachoeiras, com aquela aparência de véu, devemos deixar que a luz passe por mais tempo. Também se usa maior tempo de exposição para se fazer o chamado panning, onde vemos um carro nítido com o fundo “arrastado”, não é fora de foco como no controle de abertura de diafragma. Já com tempos pequenos, podemos congelar o movimento.
É importante lembrar que o tempo de exposição mais longo poderá permitir que a câmera trema duranta a captura provocando imagens borradas. Para longas exposições é fundamental o uso de tripé, ou de uma superfície estável, pode ser interessante também o uso de um disparador remoto ou do temporizador (aquele de dois segundos que não serve para corrermos e aparecer na foto).
Para fotografar com a câmera na mão, as compactas costumam avisar que a imagem tem risco de sair tremida, nas SLR, podemos usar o tempo de exposição com o inverso do comprimento focal (por exemplo, com uma lente de 500 mm temos que usar 1/500 no tempo). Se temos lentes com estabilizador de imagens, esse tempo pode ser menor. Também temos que pensar no que estamos fotografando, para escolher o tempo, ao fotografar crianças brincando não devemos ter mais que 1/250 do segundo, pessoas posando permitem 1/60, já um carro de corrida, precisa de 1/4000 para ter o movimento congelado.
Na próxima texto trataremos da sensibilidade a luz do filme ou sensor, o chamado ISO.


(Este texto foi publicado originalmente na edição 14 da revista Fotomania)

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