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Avisos iniciais

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2015-08-30

Fotógrafo amador? Sim, com muito gosto.

[Meu blog mudou visite o novo clicando aqui]

Esse texto foi revisado e publicado novamente no novo espaço:

Fotografia para mim é um hobby.  Não pretendo fazer fotografia profissionalmente. Fotografar profissionalmente não está nem em uma possível lista de alternativas par o caso de minha profissão se tornar obsoleta (*).

Posso, ensinar e receber por isso (**), mas não devo fotografar profissionalmente a menos que seja ajudando algum fotógrafo amigo que precise de um apoio (como segundo fotógrafo, assistente de iluminação, etc).

Isto é, não pretendo, nunca, montar uma negócio próprio baseado em eu estar fotografando e tirando o meu sustendo primário (quase exclusivamente) dessa atividade.

Por isso, fico profundamente contrariado ao ver gente falando ou escrevendo coisas que dão valor a fotografia com base no argumento de que se alguém é profissional a fotografia é melhor que do não profissional.

Gente que chega e fala:
"Que fotografia bonita, parece profissional!".

Como se a fotografia de um profissional seja mais fotografia, tenha melhor qualidade (qual o mecanismo de avaliar qualidade que está sendo usado?), seja mais bonita (o que é belo?) ou tenha maior relevância que a fotografia feita por uma pessoa que não recebe pagamento para fazê-la.

Pessoas que fotografam somente por gostar (são amadores), muitas vezes estudam muito mais e têm resultados muito mais consistentes que alguém que corre para buscar "seus trocados", ganhando a vida para pagar as contas.

São frases desse tipo:
"... Um fotógrafo profissional se diferencia de um amador não só pela qualidade das imagens que produz (isso conta, claro), mas também pela forma ..." que li num texto (ou apanhado de dicas) com assuntos altamente relevantes para quem deseja se tornar um profissional da fotografia.

Quando ouço, esse tipo de frase de um leigo, costumo apenas sorrir e tocar a vida.

Mas, quando leio esse tipo de frase numa revista ou publicação destinada a fotógrafos (foi o caso), paro para refletir, pois estão julgando qualidade com base em uma ideia, na minha opiniao, equivocada.

Não é ser profissional que trás qualidade a uma obra. A qualidade tem outros critérios. Mas, não se alcança dois dos itens fundamentais da qualidade - a constância e a consistência - sem muito estudo, treino e dedicação. E não é somente profissionais que estudam, treinam e se dedicam, é?

Não desmereço o texto, pois tem informação útil para qualquer um que vai fazer uma atividade sem ser empregado de outro (um empreendedor).

Mesmo que não venha a ser um fotógrafo que vende seu trabalho de fotografar, o texto trás dicas importantes para um empreendedor que irá vender algo que é o produto de sua dedicação no estudo de uma "arte".

Apenas essa frase deve ser repensada. É algo que o autor (ou editor da publicação) deveria pensar seriamente em rever antes de publicar. Pois, carrega um conceito equivocado.

A fotografia de quem cobre um casamento, um evento esportivo, uma cirurgia, uma cena de crime, uma festa de debutante, um editorial de moda, não é melhor que a de quem vai fotografar florzinha no jardim botânico da sua cidade.

A fotografia feita com um objetivo e tendo esse objetivo alcançado não deve ser comparada assim. Com mérito de qualidade majorado para quem está fazendo a fotografia a trabalho e minorado para quem está fazendo por prazer apenas.

Não é o fato de alguém estar encomendando um trabalho e pagando por ele que faz o produto do trabalho (estudo e dedicação) de da pessoa que recebe encomendas ser melhor.

Quem não deseja ser profissional (tirar seu sustento de uma atividade) não tem que ser comparado ou ser "valorado" como se fosse inferior aos que exercem a atividade profissionalmente.

Esse é um típico pensamento pequeno e que afasta pessoas.

Afasta, inclusive, potenciais clientes (menos, pois podem estar interessados somente no resultado do trabalho), possíveis alunos da sua escola de fotografia ou de suas oficinas e workshops e leitores de sua revista (atenção editor!).

Não posso deixar a ideia, equivocada, de que profissionais são bons só por serem profissionais. Pois, não são. O mundo está cheio de mal profissional para provar esse ponto.

Fico por aqui.

Flávio RB

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(*) Sou profissional de TI e a fotografia, hoje, está muito ligada a TI. Se TI se tornar obsoleta, teremos que reinventar a fotografia como processo químico.

(**) Se não houver uma "lei" que me impeça disso sem eu ter que fazer um curso "homologado" segundo o que esse "lei" diz - isso é assunto de uma postagem mais antiga.

[Nota de revisão em 2016-02-27: Revisei o texto para deixar minhas opinioes em primeira pessoa. Aprendei (obrigado Claudio Feijó) que pensar e expressar esses pensamentos em primeira pessoa pode ser mais efetivo para assumirmos nossa convicção. Não se delega para outros o que pensamos por nós mesmos, mesmo que seja com base em algo do pensamento que vemos como geral no nosso meio de convívio.]

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