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Esse texto foi revisado e publicado novamente no novo espaço:
Sempre
digo que a melhor forma de se começar fazer fotos melhores (ou
menos piores) é conhecer bem como seu equipamento funciona. Uma boa
leitura do manual da câmera, não a simples leitura, mas a leitura
acompanhada de testes de tudo o que está lá, mesmo não entendendo
bem o que se está fazendo, ajuda muito nisso. Nem todo manual cobre
alguns assuntos básicos, com esse texto começamos a explorar alguns
desses tópicos.
Fotografar
é capturar a luz. Sem luz não existe fotografia. Por isso é
preciso entender de luz para se poder fazer boas fotografias. Além
de entender de luz, é preciso entender como se pode medir a luz para
se poder configurar a câmera de forma a se obter o resultado
desejado. A principio não existe certo ou errado numa foto mais
clara ou mais escura, vai pelo desejo do fotógrafo – o que ele
deseja expressar.
Quando
usamos o modo automático de medição de luz para a exposição, a
câmera mede a luz e atribui valores de tempo de exposição e
abertura de diafragma de forma automática, podendo resultar numa
foto escura ou clara demais dependendo da luz que é refletida pelos
objetos em cena.
Até
câmeras digitais compactas básicas, possuem opções de como a
câmera irá calcular e definir a exposição em função da medição
da luz (os modos de exposição). Normalmente temos, um modo
automático, um modo chamado de “P” e alguns modos de cena (neve,
sol, contra luz, esporte, cena noturna, etc). Algumas compactas mais
modernas possuem um “modo inteligente”, onde a câmera usa algum
algorítimo (coisa de computação) para decidir como a foto será
capturada. Câmeras mais avançadas possuem modos de prioridade
(abertura e tempo de exposição) além do modo manual.
Por
melhor que seja a câmera, a medição da luz refletida pelos objetos
em cena, não é precisa. Pois, alguns objetos refletem mais luz do
que outros, sem contar as fontes de luz que podem estar na cena (o
sol, num por de sol, uma forte lâmpada do ambiente, etc.).
A forma
mais básica de medição de luz da cena tem como base que tudo em
cena reflete 18% da luz incidente (o chamado cinza médio). Isso pode
ser válido para uma fotografia de uma cena de paisagem ampla sem
muitas nuvens brancas e vales na sombra, mas se formos fotografar um
monte de gente vestida de branco sob o sol num campo nevado (pode ser
uma praia com areia clara) e usarmos o modo automático básico da
câmera, teremos uma fotografia cinzenta ou de um tom azulado (o tom
azulado em fotos coloridas depende do balanço de branco, assunto
para outro texto).
Para
resolver esse “problema” podemos usar o modo “P” e informar a
câmera que acena tem mais luz refletida pelos objetos. Faz-se isso
acionando um botão com um +/- e alguma seta para direita (consulte o
manual da sua câmera deve ter um título do tipo “Compensação de
medição de luz”) Normalmente é mostrado, na tela da câmera, uma
régua graduada de -2 até +2 com um indicador de posição.
O modo
“P” serve para que passemos a ter mais controle sobre a imagem
capturada. Diversas câmeras tem ótima medição de luz
“inteligente”, mas demoram a fazer a foto, devido ao algorítimo
de análise da imagem, entre acionamento do disparador e a efetiva
captura. Algumas vezes ocorre um disparo do flash (pré-disparo) para
que a cena possa ser identificada, isso pode fazer com que as pessoas
saiam da pose ou sejam alertadas sobre a foto, perdendo um momento
espontâneo.
Além
dos modos de exposição (Auto, “P”, etc.), algumas câmeras
possuem modos de medição de luz, para que se possa decidir como a
luz será medida. O mais comum, presente em todas as câmeras, é o
modo matricial, onde todo o quadro da cena é usado para o cálculo
da medição da luz. Outros modos comuns são:
- Modo central, onde a luz é medida numa região central do quadro da imagem;
- Modo pontual, parecido com o central mas numa região bem menor, quase um ponto;
- Modo ponderado ao centro, parecido com o central, mas leva em conta o resto do quadro, quanto mais para a borda menos peso na medição.
Esses
modos de medição da luz, nas câmeras DSLR e na maioria das
compactas, age na região fixa dentro do quadro da imagem. Algumas
compactas podem associar os pontos de medição de luz a região de
foco, é preciso ler atentamente o manual para se poder tirar melhor
proveito dessa característica. Quando a câmera não atrela a
medição de luz ao ponto de foco pode ser interessante travar a
medição e depois fazer o reenquadramento e ajuste de foco. Essa
função é chamada AE-Lock (Auto Exposure Lock – trava de
exposição).
Este é
um básico de conceito para se explorar a medição de luz na sua
câmera, aproveitando melhor o que sua câmera pode fazer. Lembre de
consultar o manual de sua câmera para saber o que ela oferece de
recursos.
Bons estudos.
Flávio RB
OBS.: Este texto foi originalmente publicado na edição 11 da Revista Fotomania.
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